RACISMO, SEXISMO E ESCRAVIZAÇÃ DE EMPREGADAS DOMÉSTICAS NO BRASIL
ESTRUTURAS DA COLONIALIDADE DE PODER
DOI:
https://doi.org/10.56069/2676-0428.2022.135Palavras-chave:
Palavras chaves: dignidade; mulheres negras; domésticas; escravidão; racismo.Resumo
A abolição da escravidão ocorrida em 1888, no Brasil, foi meramente formal, sem qualquer política pública que inserisse os negros na sociedade brasileira, em uma condição de cidadania. No que se refere às mulheres negras, ressalta-se a existência de negações de direitos, que sofre influência da interseccionalidade das opressões racistas e sexistas. Um desses graves quadros de violações é o grande número de mulheres negras reduzidas a condição análoga a de escravas, no tramalho doméstico brasileiro. Visando compreender essa realidade, o presente artigo tem como problema analisar as ideologias estruturais racistas e sexista, que perpassam a escravização das mulheres negras, que atuam na profissão do cuidado e limpeza, em âmbito doméstico. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica afrorreferenciada e decolonial. Em seus objetivos o texto aborda a trajetória da escravidão no Brasil e o sistema de colonialidade de poder, discorre sobre os principais instrumentos normativos e jurisprudenciais de combate a escravidão moderna e ao racismo, e por fim, analisa as intersecções do racismo e sexismo, como um dos fundamentos, à escravização de mulheres negras no serviço doméstico. Como conclusão a pesquisa ressalta a influência do sistema racista e patriarcal, para a escravização moderna de mulheres negras no trabalho doméstico, o que impõe um enfrentamento multidisciplinar, para esse delito.
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