A MIGRAÇÃO E O CRESCIMENTO URBANO EM MOÇAMBIQUE
DOI:
https://doi.org/10.56069/2676-0428.2022.156Palavras-chave:
Migração; Espaços urbanos; Crescimento PopulacionalResumo
A formação dos assentamentos humanos em Moçambique está intimamente ligada às migrações principalmente nas zonas urbanas, onde o processo de crescimento actual obedeceu 3 períodos, nomeadamente, pós independência, o período da Guerra de desestabilização e o período pós Acordo Geral de Paz. A partir da pesquisa bibliográfica realizou-se este trabalho com objectivo de analisar a complexidade da construção do espaço urbano em virtude de fenómenos não programados como, as migrações. Tendo em conta as condições de precariedade que ainda se vive nas zonas rurais moçambicanas, os movimentos migratórios constituem um dos mecanismos que proporcionam melhores rendimentos, acesso aos serviços sociais básicos, assim como melhores perspectivas de vida para os agregados familiares. Contudo, a urbanização no contexto da globalização, e a necessidade de criação de novos espaços urbanos, favoreceu a extensão das fronteiras das cidades, para áreas com características rurais e provavelmente sem valores a agregar as cidades assim como mudanças na urbanização moçambicana, resultando em alteração da paisagem urbana. Esta forma de produção dos espaços, propiciou a continuidade da dualidade existente no período colonial mas desta feita, o centro da cidade passou a ser ocupado por cidadãos moçambicanos e a grande diferença residia na densidade populacional que os espaços urbanos passaram a ter.
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