RISCOS E VULNERABILIDADE A MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA VILA DE INHARRIME

Autores

  • Mateus Jacob
  • Hélio Geraldo Ubisse
  • Célia Marília da Conceição

DOI:

https://doi.org/10.56069/2676-0428.2022.175

Palavras-chave:

Riscos, Vulnerabilidade, Mudanças Climáticas, Vila de Inharrime.

Resumo

Os estudos de riscos e vulnerabilidade a mudanças climáticas desempenham um papel importante para o bem-estar das comunidades em geral, uma vez permitem com que as pessoas tomem medidas de mitigação em relação a eventos extremos, não só, como também a comunidade acaba ficando sempre em alerta e procurar estratégias com vista à sua superação. Portanto, urge a necessidade de realizar esta pesquisa, com objetivo de analisar os riscos e a vulnerabilidade a mudanças climáticas na Vila de Inharrime. A vila tem sido fustigada por diversos riscos, mas apenas nos centramos nos riscos em relação a destruição da via devido a erosão, a construção de casas nas regiões propícias a cheias e próximo de grandes escavações, assim como a existência de Barraca de venda de comidas nas proximidades da lixeira. Contudo, estes são alguns riscos e vulnerabilidades a mudanças climáticas que avançámos, mas importa referir que em alguns bairros da vila, devido a sua localização geográfica praticamente numa zona pantanosa, existem vários riscos. A partir da revisão bibliográfica e trabalho de campo, auxiliado com a técnica de caminhada transversal e observação sistemática, constatou-se que há riscos geomorfológicos associados a destruição de vias de excesso devido a erosão e riscos antropogênicos relacionados com a construção de casas nas áreas propícias a cheias, acidente de viação no mercado de Matsacaritene, venda de comidas nas proximidades da lixeira. Estes riscos propiciam vulnerabilidade de ocorrência de cheias o que põe em perigo de contraírem doenças hídricas. Assim, as instituições competentes devem tomar medidas consentâneas com vista a mitigar os eventos extremos principalmente para as pessoas que constroem moradias próximo a lixeira, como também aos que vivem nos terrenos em que anualmente ocorrem cheias no período chuvoso devido ao aumento do caudal do rio Inharrime.

Biografia do Autor

Mateus Jacob

Mestre em Ambiente e Desenvolvimento Sustentável das Comunidades.

Hélio Geraldo Ubisse

Mestre em Ambiente e Desenvolvimento Sustentável das Comunidades

Referências

ANEAS DE CASTRO, Susana. D. Riesgos y peligros: una visión desde lá Geo-grafía. Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. Barcelona, n.60, 15 de Nov. 2020. Em: http://www.ub.es/geocrit/sn-60.htm .

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES). Efeito estufa e a convençãosobremudançadocli-ma.1999.Disponívelem:<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/especial/clima.pdf>. Acesso em: nov. 2020.

CASTRO, Cleber. M.; PEIXOTO, Maria. N. O.; RIO, Gisela. A. P. Riscos Ambi-entais e Geografi a: Conceituações, Abordagens e Escalas. In: Anuário do Ins-tituto de Geociências – UFRJ. Rio de Janeiro: UFRJ,Vol. 28-2, 2005 p. 11-30.

CARVALHO, G. M. B. S.; SOUZA M. J. N.; SANTOS, S. M. 2003. Análise da vulnerabilidade à erosão: bacias dos rios Aracatiaçu e Aracatimirim (CE). Aces-so: 10 de Novembro. 2020.Disponível em: http://marte.dpi.inpe.br/col/ltid.inpe.br/sbsr/2002/11.05.15.17/doc/12_040.pdf.

IPCC. 2001. Climate Change 2001: The Scientific Basis. Contribution of Wor-king Group I to the Third Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Houghton, J.T., Y. Ding, D.J. Griggs, M. Noguer, P.J. van der Linden, X. Dai, K. Maskell, and C.A. Johnson (eds.)]. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA, 881pp.

KAZTMAN, R. (Coord.). 1999b. Activos y estructura de oportunidades. Estudios sobre las raíces de la vulnerabilidad social en Uruguay. Uruguay: PNUD-Uruguay e CEPAL-Oficina de Montevideo.

LI, A., WANG, A., LIANG, S., ZHOU, W. 2006. Eco-environmental vulnerability evaluation in mountainous region using remote sensing and GIS – a case study in the upper reaches of Minjiang River, China. Ecological Modeling; v. 192, p. 175–187.

MARENGO, José A. (Coord.) et al. Riscos das Mudanças Climáticas no Brasil. Projeto colaborativo realizado pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil e o Met Of-fice Hadley Centre (MOHC) do Reino Unido. 2011. Disponíve-lem:<http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/~rmclima/pdfs/destaques/relatorio_port.pdf>. Acesso em: nov. 2020.

MATTEDI, Marcos A. & BUTZKE, 2001. Ivani C. A relação entre o social e o natural nas abordagens de hazards e de desastre, Ambiente & Sociedade - Ano IV - No 9 - 2o Semestre

PORTO, Marcelo Firpo de Souza; SCHÜTZ, Gabriel Eduardo. Gestão ambiental e democracia: análise crítica, cenários e desafios. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 6, p.1447-1456, 2012.

TAGLIANI, C. R. A. 2002. Técnica para avaliação da vulnerabilidade ambiental de ambientes costeiros utilizando um sistema geográfico de informações. Acesso: 03 de Novembro. 2020. Disponível em: http://www.praia.log.furg.br/Publicacoes/2003/2003c.pdf.

VENTURA, Andréa Cardoso; GARCÍA, Luz Fernandez; ANDRADE, José Célio Silveira. Tecnologias sociais: as organizações não governamentais no enfrenta-mento das mudanças climáticas e na promoção de desenvolvimento humano So-cial. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, artigo 8, nov. 2020 p.605–629.

VEYRET, Y. 2007. Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambi-ente. São Paulo: Contexto,.

VILLA, F.; McLEOD, H. 2002. Environmental vulnerability indicators for envi-ronmental planning and decision-making: guidelines and applications. Environ-mental management. v. 29, n. 3, p. 335-348.

VIEIRA, Paulo F. Gestão de recursos comuns para o ecodesenvolvimento. In: VIEIRA, PauloFreire; BERKES, Fikret e SEIXAS, Cristiana Gestão integrada e participativa de recursos naturais: conceitos, métodos e experiências. Florianópolis: Secco, 2005, p. 333-377.

Downloads

Publicado

2022-08-23

Como Citar

JACOB, M. .; UBISSE, H. G.; CONCEIÇÃO, C. M. da . RISCOS E VULNERABILIDADE A MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA VILA DE INHARRIME. Revista Científica FESA, [S. l.], v. 1, n. 17, p. 25–43, 2022. DOI: 10.56069/2676-0428.2022.175. Disponível em: https://revistafesa.com/index.php/fesa/article/view/175. Acesso em: 24 nov. 2024.