Sociologia da Infância e a Construção Social da Criança

Autores

  • Leonardo Sampaio Baleeiro Santana
  • Juscimar Arruda Silva
  • André Ribeiro de Goveia
  • Samuel Marques Borges
  • Erenildes Pereira Ximenes Costa
  • Aliny de Sousa Lopes

DOI:

https://doi.org/10.56069/2676-0428.2023.263

Palavras-chave:

Infância, Aprender, Desenvolvimento.

Resumo

As crianças, durante a fase da infância, adquirem habilidades em nível social, afetivo, cognitivo, comunicativo e psicomotor, desenvolvido através do aprender a aprender, conhecer, fazer, através da interação com os outros. É assim que eles conseguem construir a estrutura de apropriação do mundo exterior, o reconhecimento de si mesmo e dos outros. O seu desenvolvimento e encenação estão sujeitos às possibilidades e formas de acesso a esses processos, bem como as oportunidades de vinculação aos diversos tipos de representação simbólica e comunicativa da cultura. Deve-se notar que qualquer ação adversa à natureza infantil afeta e impede o desenvolvimento de suas habilidades e, consequentemente, atuar em co-responsabilidade com sua condição de educabilidade. As repetidas e crescentes demonstrações de choque que se apresentam contra o ciclo de vida da primeira infância, levaram a suscitar reflexões sobre a recuperação do sentido de sua vida e o repensar de como a aprendizagem, a educação e o treinamento afetam de forma transcendental no desenvolvimento de suas habilidades e, por sua vez, na constituição das crianças cidadãs e cidadãos públicos com direitos e deveres; esta reflexão que levanta a questão como o reconhecimento da infância e suas competências determina o desenvolvimento de seus processos e sua transformação. Três aspectos são abordados neste Artigo: o primeiro refere-se à construção social da infância neste novo paradigma, a segunda trata da aprendizagem, educação e formação como forma de desenvolver as habilidades de crianças e no terceiro a importância desenvolvimento de habilidades na construção de ações para transformação individual e social.

Biografia do Autor

Leonardo Sampaio Baleeiro Santana

Mestrando em Educação da Universidade Federal do Tocantins

Juscimar Arruda Silva

Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Tocantins.

André Ribeiro de Goveia

Secretário de Educação de Tocantínia-TO.

Samuel Marques Borges

Graduado em Ciências Biológicas pela Faculdade de Guarai-IESC.

Erenildes Pereira Ximenes Costa

Bacharel em Sistema de Informação pelo IFTO.

Aliny de Sousa Lopes

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Tocantins

Referências

ADORNO, T. W. Prisms (1955). Cambridge, MA: MIT Press. 1995.

AGNOLI, J. A destruição como determinação do estudioso em tempos miserá-veis. In: Bonefeld W (ed) Escritos Revolucionários. New York: Autonomedia, p. 25–38, 2003.

ALLISON, J., JENKS, C.; PROUT, A. Teorizando a Infância. Cambridge: Poli-ty. 1998.

ALLISON, J.; ADRIAN, J. Conceitos chave em estudos da infância. London: Sage. 2011.

ANSELL, N. Infância e a política de escala: descalcificando as geografias das crianças? Progresso na Geografia Humana. 33(2): 190–209, 2009.

ARI¬ES, P. Séculos de infância: uma história social da vida familiar. New York: Vintage. 1962.

BENJAMIN, W. Angelus Novus. Torino: Einaudi. 1981.

BONEFELD, W. Teoria Crítica e a Crítica da Economia Política. London: Bloomsbury. 2014.

CODELLO, F. O sino não toca mais. Lugano: La Baronata. 2015.

FERGUSON, S. Crianças, infância e capitalismo: uma perspectiva de reprodu-ção social. In: Bhattacharya T (ed) Teoria da Reprodução Social. London: Plu-to Press, p. 112–130, 2017.

FOUCAULT, M. Nascimento da Biopolítica: Palestras no “College de France”. 1978-79. New York: Palgrave McMillan. 2008.

HOLLOWAY, S. L., HOLT, L.; MILLS, S. Questões de agência: Capacidade, subjetividade, espacialidade e temporalidade. Progresso na Geografia Huma-na 43(3): 458–477, 2019.

HOLLOWAY, J. “Crack Capitalism”. New York: Pluto Press. 2010.

JENKS, C. Construindo sociologicamente a infância. In: Kehily MJ (ed) An in-troduction to Childhood Studies. Maidenhead: Open University Press, p. 93–111, 2009.

PROUT, A. Dando um passo para longe da modernidade: Reconsiderando a nova sociologia da infância. Estudos Globais da Infância. 1(1): 4–14, 2011.

PROUT, A.; ALLISON, J. Um novo paradigma para a sociologia da infância? Proveniência, promessa e problemas. In: Allison J e Prout A (eds) Construindo e Reconstruindo a Infância. Abingdon: Routledge, p. 7–33, 2015.

PSYCHOPEDIS, K. Explicação emancipadora. In: Bonefeld W, Gunn R, Hol-loway J, et al. (eds) Open Marxism–Volume III: Emancipating Marx. London: Pluto Press, p.17–39, 1995.

RIKOWSKI, G. Combustível para o fogo vivo: força de trabalho! In: Dinerstein A e Neary M (eds) The Labour Debate. Aldershot: Ashgate Publishing Com-pany, p. 188–211, 2002.

RYAN, P. J. Quão novo é o “novo” estudo social da infância? O mito da mu-dança de paradigma. Revista de História Interdisciplinar. XXXVIII (4): 553–576, 2008.

SCHULTZ, T. W. O valor econômico da Educação. New York: Columbia Uni-versity Press. 1963.

SCHULTZ, T. W. O valor das crianças: uma perspectiva econômica. Journal of Political Economy 81(2, part 2): S2–S13, 1973.

TISDALL, E. K. M.; PUNCH, S. Não é tão ‘novo’? Olhando criticamente para os estudos da infância. Geografias infantis. 10 (3): 249–264, 2012.

WOODHEAD, M. Estudos da infância: passado, presente e futuro. In: Kehily MJ (ed) Uma Introdução aos Estudos da Infância. Maidenhead: Open Univer-sity Press, p. 17–34, 2009.

WYNESS, M. Infância e Sociedade. 2nd Ed. London: Macmillan. 2012.

Downloads

Publicado

2023-03-22

Como Citar

SANTANA, L. S. B.; SILVA, J. A.; GOVEIA, A. R. de .; BORGES, S. M. .; COSTA, E. P. X. .; LOPES, A. de S. . Sociologia da Infância e a Construção Social da Criança. Revista Científica FESA, [S. l.], v. 3, n. 3, p. 64–81, 2023. DOI: 10.56069/2676-0428.2023.263. Disponível em: https://revistafesa.com/index.php/fesa/article/view/263. Acesso em: 13 maio. 2024.