Revogar ou Ajustar?
Uma Breve Reflexão Sobre os (Des)Caminhos da Contrarreforma do “Novo” Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.56069/2676-0428.2023.267Palavras-chave:
Revogação, Ajustes, Reflexão, Contrarreforma, (Des)caminhos, “Novo” Ensino Médio.Resumo
O presente texto propõe-se a perscrutar a política curricular do “Novo” Ensino Médio na condição de contrarreforma, porquanto as concepções pedagógicas e estruturais nela arroladas não se traduzem na materialidade objetiva de grande parte das instituições brasileiras e são parte constituinte de uma agenda globalmente estruturada da educação. Aqui, patenteia-se que a adoção da lógica do mercado resvala em uma concepção utilitária de cidadania produtiva, aspecto que integra o discurso educacional hegemônico, marcadamente ideológico e anti-emancipatório. Por meio de um estudo bibliográfico e através dos contributos teórico-epistemológicos de Ferreira (2017), Ferretti (2018), Cássio (2023a, 2023b), Behring (2003), Dale (2008), Krawczyk (2009), Frigotto (1984, 2021), dentre outros/as, este artigo acadêmico defende a total revogação da Lei n. 13.415/2017, por se tratar de um engodo e, dentre tantas outras questões fulcrais, por elidir, intencionalmente, componentes curriculares vinculados aos campos científicos, culturais e artísticos indispensáveis na transformação da sociedade e do status quo, configurando-se como um vetor de majoração da desigualdade social e escolar, uma vez que destrói possibilidades de desenvolvimento da educação omnilateral, mormente dos/as jovens que integram a classe trabalhadora.
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