Componente Curricular Matemática na BNCC
Uma Análise Crítica
DOI:
https://doi.org/10.56069/2676-0428.2024.415Palavras-chave:
BNCC, Currículo, Matemática.Resumo
Nos últimos anos, a educação no Brasil passou por significativas transformações que culminaram na finalização de um documento com força de lei, denominado como Base Nacional Comum Curricular. Visto como uma ferramenta que traria uma democratização do ensino, alguns pesquisadores e educadores teceram críticas ao documento, pois consideram que, em alguns aspectos, há uma percepção mais econômica e até reduzida de habilidades básicas para os estudantes. Com isso em tela, esse artigo almeja trazer reflexões sobre a BNCC no que tange ao componente curricular Matemática voltado ao Ensino Fundamental. Com uma abordagem qualitativa, se pautou em analisar pesquisas recentes na área e contribuir para debates posteriores mais aprofundados. Dessa forma, os resultados indicaram que o documento apresenta muitos pontos fortes, mas detêm algumas fragilidades, cabendo um olhar atento das instituições de ensino e dos profissionais de educação.
Referências
AGUIAR, M. A. S. Relato da Resistência à Instituição da BNCC pelo Conselho Nacional de Educação Mediante Pedido de Vista e Declarações de Votos. In: AGUIAR, M. A. S.; DOURADO, L. F. (Org). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. Recife: ANPAE, 2018.
ALARCÃO, I. Do Olhar Supervisivo ao Olhar sobre a Supervisão. In: RANGEL, M. (Org.). Supervisão Pedagógica: Princípios e Práticas. Campinas, SP: Pa-pirus, 2001.
BICUDO, Irineu. Educação matemática e ensino de matemática. Temas e De-bates, 1991, vol. 1, no 3, p. 31-42.
BOTERF, G. De la competénce. París, Les Editions d'Organisation, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. BNCC em Planilha. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: < http://download.basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em 02 ago. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Conselho Na-cional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEB/DICEI, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâ-metros curriculares nacionais: Matemática. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
CAO, Alvaro. 15 casos para la selección de personal con éxito, Barcelona Paidos Empresa, 1996.
CARDOSO, Lívia de Rezende, et al. Gênero em políticas públicas de educação e currículo: do direito às invenções. Revista e-curriculum, 2019, vol. 17, no 4, p. 1458-1479.
CHEVALARD, Y. La transposición didáctica. Del saber sabio al saber en-señado. Aique Grupo Editor: Buenos Aires, 1998.
FONSECA, M. da C. F. R. Alfabetização Matemática. In: MEC -Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: Apresentação. Alfabetização matemática. (pp.27-32).Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional, 2014.
IMBERNÓN, F. M. Formação docente e profissional: formar-se para a mu-dança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2010.
LASNIER, Francois. Réussir la formation par compétences. Montreal, Guérin, 2000.
LOPES, A. C. Apostando na Produção Contextual no Currículo. In: AGUIAR, M. A. S.; DOURADO, L. F. (Org). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. Recife: ANPAE, 2018.
NASCIMENTO, Wanderson Flor; BOTELHO, Denise. Colonialidade e Educa-ção: o Currículo de Filosofia Brasileiro entre Discursos Coloniais. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação (RESAFE), 2010, no 14, p. 66-89.
OLIVEIRA, I. B. Políticas Curriculares no Contexto do Golpe de 2016: Debates Atuais, Embates e Resistências. In: AGUIAR, M. A. S.; DOURADO, L. F. (Org). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. [Livro Eletrônico]. Recife: ANPAE, 2018.
PASSOS, C. L. B.; NACARATO, A. M. Trajetória e perspectivas para o ensino de Matemática nos anos iniciais. Estudos Avançados, 32(94), 119-135, 2018.
RODRÍGUEZ, T.; NELSON, Pedro. Curso básico de psicometría, 1996.
SANTOS, Maria José Costa. O currículo de matemática dos anos iniciais do ensino fundamental na base nacional comum curricular (BNCC): os subalternos falam?. Horizontes, 2018, vol. 36, no 1, p. 132-143.
SAVIANI, Dermeval. Educação escolar, currículo e sociedade: o problema da Base Nacional Comum Curricular. Movimento-revista de educação, 2016, no 4.
SPENCER, L. M.; SPENCER, S.M. Competente at work, New York, John Wil-ey & Sons, 1993.
TUNING, P. Universidad de Groningen (Países Bajos), consultado en la URL http://www.let.rug.nl/TuningProject/index.htm Acesso em 15 abr. 2024.
WOODRUFFE, C. What is meant by a competency? Leadership and organiza-tion, Development Journal, 14(1), 29-36, 1993.
ZABALA, A. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
ZOTTI, Solange. Sociedade, educação e currículo no Brasil: dos jesuítas aos anos 80. Quaestio-Revista de Estudos em Educação, 2002, vol. 4, no 2.
