Desgaste Mental e Sofrimento Ético entre Cuidadores Formais e Informais
DOI:
https://doi.org/10.56069/2676-0428.2025.643Palavras-chave:
desgaste mental, sofrimento ético, cuidadoresResumo
Este estudo analisa as relações entre jornadas prolongadas de trabalho e o desgaste mental em cuidadores formais e informais, destacando o sofrimento ético gerado por conflitos entre demandas laborais, precarização estrutural e imperativos morais do cuidado. A metodologia baseia-se em revisão narrativa de dados bibliográficos, sem coleta presencial ou envolvimento de sujeitos, organizando pesquisas existentes sobre o tema. A justificativa reside na crescente demanda por cuidados e na escassez de políticas que protejam a saúde mental desses profissionais, especialmente em contextos de sobrecarga e dilemas éticos. Os resultados indicam que a falta de suporte institucional, aliada à pressão por desempenho afetivo e à desvalorização do trabalho, intensifica o esgotamento emocional e a sensação de impotência moral. Conclui-se que intervenções estruturais são urgentes para mitigar esses efeitos, garantindo condições dignas de trabalho e reconhecimento social.
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