O brincar como zona de desenvolvimento proximal

o avanço da criança por meio da mediação

Resumo

Este artigo, de natureza teórica e metodologia essencialmente bibliográfica, fundamentado na Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky, tem como objetivo geral analisar como o brincar, como atividade essencial da infância, se configura como uma poderosa Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD), onde a criança avança significativamente em suas capacidades cognitivas, sociais e afetivas por meio da mediação feita pelo adulto ou pares. A justificativa reside na necessidade de aprofundar a compreensão teórica dos mecanismos específicos pelos quais a interação dialógica e a mediação intencional durante a brincadeira impulsionam o desenvolvimento infantil para além do nível atual da criança, potencializando a aprendizagem e a internalização de conceitos e habilidades. Os resultados da análise bibliográfica indicam que o brincar, quando mediado, cria um espaço privilegiado para que a ZPD seja efetiva, pois oferece um contexto imaginativo e desafiador onde a criança pode operar com conceitos em elaboração, receber apoio ajustado ("andaime") para resolver problemas e experimentar papéis sociais, levando a avanços em áreas como a linguagem, raciocínio lógico, regulação emocional, cooperação e resolução de conflitos, mostrando que a qualidade da mediação é um fator determinante para a eficácia do brincar como promotor do desenvolvimento proximal.