Fusionando Culturas
Por uma Sociedade Reconhecidamente Multicultural
DOI:
https://doi.org/10.56069/2676-0428.2023.356Palavras-chave:
Cultura, Identidade, Etnia, População Indígena.Resumo
Desde a inclusão das “populações indígenas” no texto da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, desencadeou-se em torno deles um confronto epistemológico, conceitual, cultural e social, revelando o estado de indefinição teórica e conceitual em que as palavras encontram-se como cultura, identidade, indígena ou etnia, enquanto os usos cotidianos atribuídos a essas frases constituem interpretações ou representações dadas por locais e estranhos, que, além de enriquecer as contribuições feitas até agora, tornam-se objetos difusos de conhecimento. Neste sentido, as ciências sociais fizeram deste tema um património próprio, constituindo objeto de diversas investigações que têm representado esforços esporádicos, sem chegar, ainda hoje, a um consenso, pelo que a utilização dos termos ainda simboliza temas diversos no âmbito jurídico, esferas culturais, econômicas e sociais. Diante deste panorama, urge uma precisão conceitual, no âmbito educativo, que nos permita compreender, desvendar e refletir sobre o conhecimento existente para propor novas premissas que permitam maior coerência entre as perspectivas teóricas e a realidade social, reconhecendo uma sociedade que, ao mesmo tempo, podem ser diferentes e iguais.
Referências
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os índios na história do Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2010.
BARBIERI, S. R. Os Direitos Constitucionais dos Índios e o direito a dife-rença, face ao princípio da dignidade da pessoa humana. Coimbra: Almedi-na, 2008.
BARTH, Fredrik. Los grupos étnicos y sus fronteras. La organización social de las diferencias culturales, México, FCE, 1969.
BENOIST, Alain de. La Nueva Derecha. Barcelona, Planeta, 1982.
BODENHEIMER, Edgar. Teoría del Derecho, México, FCE, 1994.
DEVALLE, Susana B.C. La etnicidad y sus representaciones ¿juego de espe-jos? Estudios Sociológicos, vol. X, núm. 28, México, El Colegio de México, 1992.
GEERTZ, Clifford. Géneros confusos. La refiguración del pensamiento social. American Scholar, vol. 49, núm. 2, pp. 165–179, 1980.
PIMENTEL, Francisco. 1874. Cuadro descriptivo y comparativo de las len-guas indígenas de México o tratado de filología mexicana. México, 1974.
SPRADLEY, James P.; MCCURDY, David. Anthropology: The Cultural Pers-pective, Nueva York, John Wiley and Sons, 1975.
VILLORO, Luis. Los grandes momentos del indigenismo en México, México, Casa Chata, 1984.
WALDMAN, M. Identidad. Léxico de la política, México, FCE–Conacyt–Flacso, pp. 317–322, 2000.