A Formação de Professores para a Educação Inclusiva na Educação Infantil

Desafios e Possibilidades

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os desafios e as possibilidades da formação de professores para a promoção da educação inclusiva na Educação Infantil, compreendendo o papel central do docente na efetivação de práticas pedagógicas que valorizem a diversidade e assegurem o direito de aprendizagem de todas as crianças. A pesquisa, de natureza qualitativa e caráter bibliográfico, baseia-se em produções científicas que discutem a importância da formação docente na construção de uma escola inclusiva, destacando autores como Mantoan (2003), Beyer (2013) e Carvalho (2019), cujas contribuições teóricas fundamentam a reflexão sobre o tema. Parte-se do pressuposto de que a inclusão escolar não se restringe ao acesso físico de crianças com deficiência à escola regular, mas envolve a efetiva participação, interação e aprendizagem no cotidiano das práticas pedagógicas. Assim, o papel do professor é determinante, exigindo preparo teórico, metodológico e ético para compreender as necessidades de cada aluno, adaptar estratégias e promover um ambiente acolhedor e cooperativo. Nesse sentido, a formação docente é compreendida como um processo contínuo que articula teoria e prática, reflexão e ação, conhecimento técnico e sensibilidade humana. Os resultados da análise indicam que, apesar dos avanços legais e conceituais, ainda persistem lacunas significativas na formação inicial e continuada dos professores, especialmente quanto à articulação entre o ensino teórico e a realidade escolar, ao uso de recursos pedagógicos acessíveis e à compreensão da diversidade como valor educativo e princípio de equidade. Além disso, evidencia-se a necessidade de políticas institucionais que assegurem o apoio pedagógico, o trabalho colaborativo e a formação permanente como estratégias de fortalecimento das práticas inclusivas. Conclui-se que investir na formação docente é condição indispensável para consolidar uma Educação Infantil verdadeiramente inclusiva, equitativa e humanizadora, capaz de reconhecer as diferenças como fonte de aprendizagem e enriquecimento coletivo. Tal investimento reflete não apenas um compromisso pedagógico, mas também ético e social, com a construção de uma escola que ensina a todos e aprende com todos.